A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou um estudo elogiando a reforma tributária do Brasil, destacando seu potencial para criar um ambiente econômico mais competitivo e atrativo para investidores. O relatório, publicado em 10 de novembro de 2025, analisa o novo sistema de impostos sobre o consumo, comparando-o com modelos semelhantes do Canadá e da Índia.
O estudo ressalta que a reforma introduz um sistema de imposto “dual”, com duas novas tributações que seguem as mesmas regras. Um dos destaques é a redução de alíquotas e regimes preferenciais, o que, segundo a OCDE, pode aumentar a eficiência e a neutralidade do sistema tributário, apesar de possíveis custos administrativos adicionais.
Embora inspirado pelos modelos de IVA Dual do Canadá e da Índia, o sistema brasileiro se diferencia por sua cobrança em três níveis de governo, exigindo a criação de um Comitê Gestor para gerenciar e distribuir as receitas do IBS. Esse comitê desempenhará funções mais amplas do que em outros países, onde o governo federal geralmente assume essa responsabilidade.
Os autores do estudo afirmam que a reforma era necessária devido à complexidade e distorções do sistema tributário atual, que impactam negativamente o crescimento econômico e a produtividade. A transição para o novo sistema, prevista para ocorrer entre 2026 e 2033, deve permitir uma adaptação gradual de governos, empresas e consumidores, evitando choques econômicos.



