A mineradora australiana St. George está expandindo suas operações no Brasil, com foco em nióbio e terras raras. A empresa, fundada por John Prineas em 2010, planeja iniciar suas atividades no país em até dois anos. Recentemente, a St. George anunciou avanços na prospecção de terras raras e uma parceria com um fornecedor de ímãs dos Estados Unidos.
Durante a Exposibram, feira de mineração em Salvador, Prineas se reuniu com Gabriel Escobar, encarregado de negócios dos EUA, para discutir minerais críticos. A empresa captou US$ 72,5 milhões, com US$ 22,5 milhões provenientes de Gina Rinehart, a pessoa mais rica da Austrália. Este montante cobre 80% do investimento necessário para iniciar a operação de nióbio.
Embora o projeto inicial da St. George no Brasil fosse mais voltado para o nióbio, a empresa está agora também interessada em terras raras. Prineas destacou que o nióbio é uma escolha estratégica devido à localização e à ausência de produção doméstica nos EUA e na China, tornando-o um recurso valioso para contratos de longo prazo.
Prineas reconhece a complexidade de desenvolver depósitos de terras raras, mas acredita que a expertise de sua equipe pode superar esses desafios. A empresa planeja produzir concentrados de terras raras, que exigem menos capital, e vender para outras partes que farão o produto final.
A St. George já possui um memorando de entendimento com a RE-Alloys nos EUA, que possui capacidade para processar terras raras. Prineas vê oportunidades para fornecer esses minerais aos EUA, que estão desenvolvendo rapidamente suas tecnologias de processamento.



